22 de mai. de 2015

58. Descreva uma pessoa que você vê todos os dias.


É alto, mas não do tipo gigante. Alto do tipo normal, tão normal que me lembra o quão anormal sou, pois devo ter uns dez centímetros a menos que ele. Gostaria de poder dizer que o cabelo dele é bagunçado igual aos dos bad boys do cinema ou arrumadinho igual aos dos nerds, mas não reparei nisso, tem uma certa chance de eu não achar nada de ''errado'' nele, é como se o cabelo já fizesse parte do pacote. Tem uma voz rouca tão bonita que se falasse sussurrando levaria qualquer uma ás nuvens. É impossível saber qual a cor preferida, mas observei que ele fica lindo de vermelho, parece que se ilumina com essa cor, que vermelho é como uma segunda pele. É organizado, foi o primeiro homem que vi ficar com um espanador de pó por mais de cinco minutos. O bigodinho quase loiro ficaria engraçado em qualquer outra pessoa, mas nele fica atraente. Decidir se ele é magro ou um pouquinho forte é difícil, dá vergonha de ficar encarando o corpo dele, por isso não sei bem. Sou péssima em saber a idade de qualquer ser humano e com ele não é diferente, o jeito mescla entre jovem e inseguro, e confiante e maduro, mesmo assim daria uns vinte e dois anos. Nunca trocamos mais de três frases e não sei se quero que isso mude, será terrível descobrir que talvez ele não é nenhum pouco organizado ou que a voz não é rouca normalmente. Mas de uma coisa eu sei: vê-lo todos os dias me traz uma paz que comprova que nada mudou, olhar para ele faz com que eu me sinta viva, capaz de sentir coisas boas novamente.

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